Poeme-se

Existe um sorriso tímido no meio de uma multidão pequena. Não existe um abraço amigo e nem mesmo um aperto de mão. Talvez exista só um olá distante, um jeito constante, a voz sufocante de não falar nada. Um dia por alguns segundos ouvi sua respiração, foi só por acaso, mas eu ouvi. Uma música tocou, era uma gaita que me fez sorrir, tbm gosto de gaita, disse eu essa vez, mas ninguém se lembra de pequenas coisas, só eu costumo fazer história com cheiro de terra molhada. Deve ser por que gosto de detalhes. Eu não deveria, mas faço sorrisos com pequenas coisas. Eu Observo cada segundo de uma cena. Meus pensamentos voam tão longe que as vzs esquecem de voltar pra casa. Por quê? se tenho só sorrisos discretos de 2 ou 3 conversas? Eu deveria entender pq as vzs penso que te conheço, eu deveria entender pq quero tanto ficar aqui, aqui dentro de vc que esta lendo isso agora. Nos proximos 2 ou 3 dias vc não vai lembrar que eu posso estar pensando em vc agora, e no agora de amanhã tbm. E que fico triste ao ver vc sorrir junto de outro sorriso preso em um “papel”. Eu sinto tristeza por não saber falar nada, por me travar todas as vzs dos cumprimentos formais. Eu queria SER EU, mesmo que por alguns segundos quando ouço de longe vc chegar, mas não consigo, me da arrepio só de pensar. Mas tem uma coisa que eu sei fazer.Encostar a cabeça nos joelhos e lembrar da respiração, a mesma que foi interrompida por uma gaita. Aquela que vc não lembra agora pq estava muito ocupado pra ouvir eu tentando mostrar que existo. Existo a muito tempo perto de vc mesmo quando não existia o sorriso discreto e nem mesmo multidão pequena. Só sei me travar, dar a entender que nem ligo para o que ouço ou vejo. Mas é mentira, a verdade é que eu queria esta aqui, aqui onde estou agora.

E no agora de fato estou!

By: Kaly

A cena do Samba!

Quando eu era criança ficava admirando as rodas de samba. Gostava do barulho do poeta cantador, que sorria sem lembrar de suas tristezas. Sempre tinha uma menina engraçada de saia rodada com copo na mão, ela puxava quem visse pela frente, dançando contente até sair do chão. Ela tinha flor no cabelo e arrepiava a alma do poeta.
Me lembro da cena da roda, das risadas altas e do pandeiro nunca vou me esquecer.
Guardo a cena em prosa,a poesia em notas e dentro de mim a música ainda soa, soa baixinho quase extinta pelo tempo. Mas eu me lembro!

By: Kaly

Me leia!!

Tem dias que tenho vontade de escrever. Só escrever mesmo, minha intenção nem sempre é dizer alguma coisa. Ontem não dormi quase nada, insônia das "brabas" rsrs. Mas acho q isso acontece pra q agente pare para pensar. Acho q é o jeito que Deus encontra de conversar com a gente sem ser interrompido por nossos afazeres do dia a dia.

Nossa conversa como sempre foi a mais agradável possível, ontem estava tão triste, quando estou assim não costumo dizer nada. Fico na minha ouvindo Ele falar, acho q é pq sei q Ele sabe me ler como ninguém.

Hj foi engraçado, me senti tão bem, acho q o céu me ajudou bastante com isso rs. Viu como ele tava lindo hj? Agente se sente tão bem quando olha pra coisas bonitas!

Alguém uma vez me disse que quando o sol nasce, o dia muda e se agente quiser tudo ao nosso redor muda junto com ele. Tudo nasce de novo e temos uma nova chance de fazer as coisas ficarem diferentes.

E o melhor de tudo é q no final eu estou aqui.(O final sempre vale a pena)

Quer saber mais?

O dia esta simplesmente lindo!

"O Pequeno Mundo de Sarah"

Trecho do livro " O Pequeno Mundo de Sarah"
Capitulo 2


....“Devo ser generoso ao lhe contar um pedacinho feliz dessa história triste, mas só para que você entenda as palavras daquele homem.”

      Era primavera e as flores dançavam uma só música. Haviam girassóis nas janelas e tudo estava pronto para um piquenique no quintal. Tudo seguia o ritual dos outros anos. A toalha preferida de mamãe, os pães doces que papai amava e as flores de jasmim para decorar aquela tarde de primavera.
      Sarah colocou seu vestido favorito. Ela gostava do balanço que ele fazia junto ao vento. Este ano haveria algo novo, eles finalmente construiriam a tão sonhada casa da árvore.
     A tarde já estava despedindo-se das crianças que brincavam na rua. Nossa menina ainda continuava ali, deitada na grama, desejando que o dia prolongasse suas horas. Mamãe estava na janela da cozinha vendo a filha brincar sozinha. Papai sempre chegava atrasado em seus compromissos. Não o culpe, ele realmente era muito ocupado, mas Sarah sabia que o pai não a deixaria ali por muito tempo. Não no primeiro dia de primavera. Era tradição e papai não costumava quebra-las.
     Antes que do sol ir embora, duas mãos cobriram o rosto da doce menina. E uma voz disse baixinho em seu ouvido:
_Você me perdoa Sarah?
Ela sorriu e tratou logo de responder ao pai com um abraço.
_Não viu o céu papai? não percebe que ainda temos um por-do-sol inteiro pela frente?
Por que eu deveria te perdoar, se você sempre esta aqui na melhor parte?

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Trecho do livro “O Pequeno Mundo de Sarah” Livro que comecei a escrever no ano de 2006, mas que desisti depois de perder todos os arquivos do meu computador. Achei esse trecho em algumas anotações antigas. É a parte em que o narrador após relatar momentos tristes sentisse no dever de narrar algo bom e belo. Ao final do trecho é desvendado o motivo das palavras ditas por um "estranho" no capitulo anterior.

Voe Além do Concreto.

As vezes somos um grão de areia imperceptível no meio de tantos outros grãos numa gigante ampulheta.
Obviamente invisíveis para alguns, ocultados pela forte neblina de olhos alheios.
Para muitos somos só baús resguardados com memórias arquivadas. Numa realidade não tão óbvia.
Em ocasiões vestimos máscaras para escondemos nossa insegurança. Mas hoje eu desejo que seus pensamentos sejam livres. Permita-se descobrir que você possue asas.
Desejo que você descubra o que de fato é liberdade. Abra suas asas, dobre as esquinas e rodopie com leveza a uma realidade.Tenha pensamentos abstratos que norteiam e tecem sonhos. Voe além do concreto rumo ao seu castelo particular.


By: Kaly Freedom